É bem notório quando esta época chega, pois rapidamente surgem divulgações de candidatura de todos os tipos, a mídia é parcialmente interditada, as ruas são poluídas de diversas formas, porém nada mais perceptível que as melodias usadas pra campanha política. O que faz alguém pensar que carro de som faz ganhar votos? O que faz alguém votar em outrem apenas porque ouviu a musiqueta deste ecoando pelas ruas? O pior de tudo é que essas sinfonias tem o poder de penetrar a mente do eleitor de uma forma extraordinária como que por osmose e ficam tão empregnadas que de repente ele vai se pegar cantando ou pensando na musiquinha quando estiver no ônibus ou andando pelas ruas que por sua vez também estarão poluídas com cartazes e panfletos de vários candidatos que não possuem o mínimo de vergonha na cara e sujam as ruas com suas próprias imagens.
Se o eleitor bem refletisse baniria de sua lista de opções os candidatos que recorrem a esses recursos, é bem evidente que quando o candidato não se preocupa em manter uma conduta correta na sua própria campanha eleitoral, o mesmo depois de eleito não vai se preocupar com ela. O mais interessante disso tudo é o dicurso quase padrão utilizados pelos candidatos, e a maior probabilidade de vencer as eleições está com aquele que tem mais eloqüência, dicção desenvolvida e demagogia aflorada.
É paradoxalmente cômico e revoltante o fato de que essas práticas perduram por gerações e aparentemente vão sobreviver por muitas gerações vindouras, o intrigante é que as pessoas não se preocupam em mudar isso preferindo aderir a passividade , é melhor pensar que se divertem e que visam a política como forma de entretemimento.