quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

Calma tem sempre um "jeitinho" brasileiro!


Tem que ser com jeitinho, sempre tem um jeitinho, vai com jeitinho que você consegue, a gente dá um jeitinho. Quem já não ouviu expressões como essas?
Num desses momentos de ociosidade, na maré dos meus pensamentos confusos, me veio à tona esse assunto, então nada melhor a fazer, senão escrever algo sobre o mesmo aqui no Prazer do ócio. Pra começar vamos entender essa expressão tipicamente brasileira: O"jeitinho" despreza todas as convenções sociais; é uma forma de burlar as normas usando de recursos emocionais, recompensas, promessas, dinheiro e etc.. onde o individuo vive segundo a lei de Gerson:"O importante é obter vantagem em tudo".
O individuo sabe que não é certo fazer determinadas coisas e faz, e quando chega a hora da correção ele da um jeitinho de se esquivar, de escapar da punição e responsabilização pelo ato, dar dinheiro ao guarda de transito para escapar da multa por exemplo, entrar na contramão do estacionamento do shopping só para pegar a vaga mais rápido que outro , fazer o famoso gato para furtar energia, furar fila, trafegar pelo acostamento, usar da influencia superior para dissuadir a autoridade menor em que a formula típica se vale da celebre frase: Você sabe com quem está falando?(no caso uso abusivo da autoridade), ou então dizer desculpas esfarrapadas como fazem nossos representantes políticos, ( Lembra do assessor do José Roberto Arruda, que justificou que o dinheiro público em espécie recebido pelo governador do Distrito Federal era pra comprar panetones). Quanta criatividade não?
O brasileiro cresce se orgulhando do famoso "jeitinho" como se malandragem fosse um ato de esperteza, e ser honesto é ser sinônimo de paspalho, sempre diz que o mundo é do mais esperto (ou mais malandro). O interessante é que o brasileiro agrega esse jeitinho, como característica cultural do Brasil, assumindo uma postura ridícula e orgulhosa de quem gosta de como diz o adágio" passar a perna" nos outros.
E esses "pequenos" desvios de conduta vão se tornando um ciclo vicioso, onde fazer "sacanagem" com os outros é uma questão de sobrevivência moral. Usamos justificativas como: se os políticos fazem eu também posso fazer, se eu estivesse lá roubaria também.
Todos sabemos que roubar milhões é diferente de fazer um gato de energia e furar fila, mas se olharmos do ponto de vista ético ambas as situações estão no mesmo patamar, pode até parecer vantajoso, engrandecer o individual em detrimento do coletivo, mas na realidade é uma forma de regresso, de espalhar o caos da corrupção, proliferar essa praga que vai matando a moral aos pouquinhos, impedindo qualquer expectativa de melhora da nação. O "jeitinho" brasileiro é mais uma forma de comportamento auto-destrutivo, e de atrairmos para nós tudo aquilo que dizemos ter ojeriza.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um pouco de tautologia

A clássica novela brasileira!



.
A trama que envolve malotes, meias e até cuecas recheadas de grana, está sempre em voga na sociedade brasileira. Esse paradoxo, envolvendo polêmica, revolta, permissividade e acomodismo, tem um histórico estarrecedor, não se sabe ao certo suas origens, e muito menos o seu desfecho, porém trama prossegue com uma criatividade e originalidade de deixar qualquer um perplexo e boquiaberto. São realmente incríveis os talentos que nos representam.

Momento Música!

 
COMO UMA ONDA 
(Lulu Santos)

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Nada do que foi será
De novo do jeito
Que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar


sábado, 12 de dezembro de 2009

Dias de merda ! Por Luís Fernando Veríssimo


Já que o assunto em voga nesse mês é "merda", kkkkk, eu resolvi postar essa crônica do Luís Fernando Veríssimo:
Aeroporto Santos Dumont, 15:30 . Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas . Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. ” Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo .” O avião só sairia as 16:30.
Entrando no ônibus, sem sanitários . Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto. Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil, falei: “Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro”
Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda . O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante:
“Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido à obras na pista .” Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação ânus a qualquer momento. Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro. O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava me distrair vendo TV mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele . E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado .
Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que da vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada . Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal .
Mas sem dúvida, a situação tava tensa . Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessei sério : ” Cara, caguei.” Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou – me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle . ” Que se dane, me limpo no aeroporto ” – pensei . “Pior que isso não fico .” Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte . Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda . Desta vez, como uma pasta morna.
Foi merda para tudo que e lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés . E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade . E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar, afinal de contas o que era um peidinho para quem já estava todo cagado . Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa . E me caguei pela quarta vez .
Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca , mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pelos do rabo junto . Mas era tarde demais para tal artifício absorvente . Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada .
Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.
Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei a falta de papel higiênico em todos os cinco . Olhei para cima e blasfemei: “Agora chega, né ?” Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço ) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia .
Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o ” check-in ” e ia correndo tentar segurar o vôo . Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte . Ele tinha despachado a mala com roupas . Na mala de mão só tinha um pulôver de gola “V”. A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus .
Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis . Minha cueca , joguei no lixo . A camisa era história . As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda . Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10
Teria que improvisar . A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnifica máquina de lavar . Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água..
Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu . Estava pronto para embarcar . Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calcas do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola “V”, sem camisa . Mas caminhava com a dignidade de um lorde.
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando ” O RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO” e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria . A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo . Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: ” Nada , obrigado . Eu só queria esquecer este dia de merda !!! “

Nunca, antes na história deste País......

No dia 10 de dezembro de 2009, em São Luís (MA), durante um discurso na cerimônia de assinatura de contratos do programa habitacional minha casa minha vida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que nenhum outro governo desse pais investiu em saneamento básico quanto o atual, o presidente ainda disse que as obras nos municípios tem que ser feitas independente do partido do prefeito, já que as mesmas são para a melhoria da população.
“Temos consciência de que estamos fazendo no Brasil o maior investimento da história deste país em saneamento básico, em todas as cidades brasileiras. Eu não quero saber se o João Castelo é do PSDB, eu não quero saber se o outro é do PFL, não quero saber se é do PT. Quero saber se o povo está na merda e eu quero tirar o povo da merda em que ele se encontra. Esse é o dado concreto”.
O presidente reconheceu que disse um palavrão e adiantou sua defesa:
“É lógico que eu falei um palavrão aqui. Amanhã os comentaristas dos grandes jornais vão dizer que o Lula falou um palavrão, mas eu tenho consciência de que eles falam mais palavrão do que eu todos os dias e tenho consciência de como é que vive o povo pobre deste país. E é por isso que queremos mudar a história deste país. Mudar a história deste país não é escrever um novo livro. É escrever, na verdade, uma nova história deste país, incluindo os pobres como cidadãos brasileiros”
Seguindo o discurso Lula ressaltou que é preciso investir em educaçao, e dar atenção aos pobres para que eles tenham condições de conseguir bons empregos, e acrescentou que ia passar para historia do Brasil como o presidente que mais investiu em universidades mesmo não tendo um diploma universitário."É ironia do destino, exatamente eu, que não tenho diploma universitário, vou passar para a história do Brasil como o presidente que mais investiu em universidades neste país. É uma ironia, porque eu conheço gente que era da “fina flor” e que não fez uma, exatamente porque ele já tinha estudado e já tinha aprendido".
Há quem diga que o palavrão foi um gesto espontâneo, um costume do brasileiro, e que quem critica-o por esse gesto é no mínimo hipócrita, mas as opiniões se dividem também há quem diga que o presidente não tem postura, educação e respeito com o povo brasileiro, e que o mesmo despreza a moralidade.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Vida & Música excelente combinação!


Musica , é expressão, é sentimento, é vida, é imortal, é arte, é desabafo, é declaração, é a forma mais linda e singela de alegrar de regozijar e acalmar a alma, é a melhor forma de combinar a sucessão de som e silencio. Ela educa, transmite cultura, transforma o ambiente de uma forma extraordinária. Quem é que não tem uma canção predileta? ou lembra de alguem ao ouvi-la? A música atiça e abranda os animos, marca épocas, circunstancias, acontecimentos. A música é um presente da vida pra quem sabe apreciar. Tudo com música é melhor, gostar de música é gostar de viver!
E como seria chato o mundo sem música, os momentos as emoções, as experiencias, não teriam tanta graça, como a que ela dá à vida!
Amo música em todas as suas formas!.

Ah! no tempo da minha avó......

Então esses dias estava curtindo o tal ocio do oficio e pensei em um método revolucionario de educaçao, kkkk daí resolvi postar aqui!
Eu penso que devemos continuar educando nossos filhos assim, como se fossem um bando de retardados que temos de sustentar, vamos comprar uma televisão, e deixar assistirem o que quiserem, sem impor regra alguma: orgias, prostituição, violência, adultério afinal estamos em tempos modernos. Dialogo? Pra que? Ah já chegamos tão cansados do trabalho, o cotidiano é tão sufocante, não vamos perder nosso tempo conversando, ninguém mais hoje em dia ta preocupado com esse negocio de repassar valores, virtudes isso é coisa da antiguidade, o que devemos fazer é nunca dizer não a eles, deixar de impor limites, vamos arrumar toda bagunça que eles fazem sair recolhendo tudo que deixam jogado pela casa, quando chegarem com algo diferente em casa,não precisamos perguntar de quem é, não vamos observar o que os nossos filhos fazem, nem com quem andam ou passam a noite teclando em uma sala de bate-papo, vamos deixá-los achando que podem fazer tudo que querem, assim quando estiverem presos por roubarem um carro vão achar que estão sendo injustiçados, não precisamos mais impor respeito, deixemos eles falarem em qualquer tom de voz conosco, nos xingarem de nomes obscenos, dizer que somos caretas, ultrapassados, velhos, e desse jeito vão crescer achando que são os “supra-sumos” da modernidade e que o mundo gira em torno de seus umbigos, assim quando alguém não fizer o que quiserem, se sentirão frustrados, ou entenderão que podem obrigá-lo a fazer, vamos comprar tudo que pedirem, sem fazê-los entender o valor das coisas, sem exigir mérito nenhum, dar tudo de mão beijada,vamos a escola somente em ultimo caso pra brigarmos com os professores, sem procurar saber como anda o desempenho deles, e claro que eles sempre tem que estar com a razão, é isso vamos fazer diferente do que nossos pais fizeram conosco, o liberalismo tem que imperar, então crescerão achando que são onipotentes, que não existe parâmetros nem limites, e quando tiverem oportunidade não vão achar estranho roubar o dinheiro publico, dar um desfalque na empresa em que trabalham, prejudicar os outros por seus próprios interesses, e a cada dia aumentarem o egoísmo. Nossa preocupação tem que ser em deixar um mundo melhor para nossos filhos, deixar filhos melhores para o mundo, já exige mais trabalho tempo e sutileza e isso hoje em dia é o que temos de menos. São os tempos modernos!

Como os nossos pais


Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...
Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado pra nós
Que somos jovens...
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...
Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...
Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

Grande compositor Belchior! a música Como nossos pais imortalizada na voz magnifica de Elis Regina, me desperta uma certa curiosidade quanto a sua interpretação, posso até pensar que, como ela foi escrita na época em que Brasil vivia a era do conservadorismo e da intolerância a liberdade de expressão por parte do governo militar, a musica trata do conservadorismo e do comodismo do povo brasileiro,porém se levarmos para outro ângulo, a música pode ser um exemplo de consciência coletiva(Uma das teorias de Émili Durkheim).
Essa teoria pretende demonstrar que os fatos tem existência própria, não dependendo do que cada individuo pensa e faz em particular, embora cada um de nós tenha seu modo de pensar, se comportar e interpretar a vida ainda assim seguimos um padrão de conduta e pensamento, Durkheim dizia que os pais não educam os filhos, a sociedade sim os educa os pais são apenas responsáveis por transmitir os valores que já existiam antes deles e continuara existindo e que serão repassados aos filhos de seus filho. Belchior diz em um trecho da canção: nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não. Podemos notar que apesar da geração ser outra a essência dos ídolos é a mesma,retratam as mesmas ideologias com uma roupagem diferente, é como se nossos pensamentos, ideias, valores que adquirimos não fossem nossos pois já existiam antes de nós, e vão continuar existindo disponíveis para as próximas gerações os fatos tem vida própria. Quando o autor diz que: a sua dor é perceber que apesar de ter feito tudo que fez ele ainda era o mesmo e vivia como os seus pais, demonstra que apenas fazemos parte de um ciclo,que nosso individual não é nosso, e não tem como lutar contra os fatos, apesar de todo esforço para se destacar somos apenas parte de um todo, e nunca vamos conseguir nos desprender de tudo que nos foi imposto, "e apesar de termos feito tudo tudo tudo tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais" intrigante, não?
É INCRIVEL COMO A MÚSICA, TEM O PODER DE ASSUMIR VÁRIAS FORMAS

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um pouco de filosofia "madruguiana"

"As virtudes da vida baseiam- se nos princípios morais".(Provérbio Madruguês)


Grande e imortal personagem mexicano, mui sábio nosso querido Madruga!



A CULPA É DOS POLÍTICOS??


É muito comum ouvir frases absurdas a respeito da política eu mesma antes de fazer uma reflexão já proferi várias vezes palavras rudes direcionadas a mesma, coisas como: eu não quero envolvimento com política, prefiro um filho gay a um filho político( frase absurda epreconceituosa por sinal, porém já ouvi). Mas a priori o que significa política? segundo o que o Aurélio me disse política é a arte de bem governar,de cuidar dos negócios públicos, modo acertado de conduzir uma negociação, partindo desse principio presume-se que a política não é a causa da corrupção, e de tudo que há de errado na sociedade, todavia a nossa falta de interesse pela política, o descaso para com ela e a interpretação errônea da mesma é o que nos impede de progredirmos.
Penso que o problema não seja os políticos, e sim os extremamente demagogos que se DIZEM ser políticos, aproveitam sua posição para se dar bem. Corrupção não é novidade por aqui, o fato é que, o povo precisa de uma valvula de escape, pra aliviar toda frustração então nada melhor que colocar a culpa nos governantes( que na maioria das vezes não são políticos mas temos a ideia de que são). E assim vamos alimentando esse "monstro" anti-política e vamos ensinando a nossos filhos, os os nossos filhos para os filhos dos nossos filhos que política é só pra quem quer enricar de maneira desonesta, roubar, enganar, e claro que nossos filhos virtuosos não podem se envolver com a mesma. Nos parece até que da pra viver sem política , quando na verdade quem não podemos deixar vivos é desinteresse por ela, o descaso a ela. E assim vamos nos acomodando, enquanto muitos canalhas se aproveitam da nossa preguiça e nos imputam a idéia de que política é "coisa" pra vagabundo corrupto. É hora de acordar é isso mesmo que querem que acreditemos, quanto menos envolvidos estivermos melhor pra eles, quanto menos soubermos mais felizes ficam, quanto mais imbecis formos mais fortalecidos eles ficam.
Dizemos até que já não tem mais jeito, provando assim nosso conformismo diante dessa situação. E digo que nosso problema não é a política, mas sim a falta de política, não são os políticos que prejudicam a sociedade, a sociedade é prejudicada pela falta de políticos, pela aversão à política. Talvez se tivéssemos amor e respeito pela política, não estaríamos do jeito que estamos, todavia é mais fácil abrir o "bocão" e colocarmos a culpa em alguém, quando na verdade a culpa é da nossa permissividade.